terça-feira, junho 14

Álvaro, Eugénio e Vasco

Pois eu acredito que a fila das reencarnações estava muito curta, então tiveram de chamar uns gajos de peso para se apresentarem ao "serviço".
E como eles até já estavam velhinhos e doentes, que tudo acabe com o mínimo de sofrimento.
Aqui fica um poema de Eugénio de Andrade para este fim-de-semana triste, porque eu não quero cá tristezas...


"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas
palavras,ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer."

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