sexta-feira, março 14

Não dá para acreditar!!!

Impressionante, não dá para acreditar!!
Lembram-se de uma notícia do ano passado que um artista teria apresentado uma obra numa Bienal de Arte que era basicamente um cão, preso a um canto, escanzelado, que ficou a definhar até finalmente morrer...
Eu não tinha ligado nenhuma, achei que era "demais" para ser verdade! Tipo aquela história dos gatos bonsai dos primórdios da web...Mas não só é verdade!! Como ainda por cima a besta que fez isto foi convidada de novo para a "tal" Bienal!!!

Bem, se forem como eu vão querer confirmar a veracidade dos factos, por isso aqui fica a
notícia no Expresso.

Para quem, como eu, achar que isto é inacreditável pode assinar a petição que corre neste momento na net para impedir que o "artista" seja convidado da Bienal Centroamericana Hondura 2008.

Este mundo está LOUCO!!

3 comentários:

Sandra Duarte disse...

Já assinei. Vou colocar também no meu blogue!
Realmente não percebo o que passa pela cabela desta gente!

Pedro Pinto disse...

Eu acho o conceito genial.
É arte como a entendo e é arte boa!

Quase, sublinho o quase, que tolero que seja praticado tal conceito.


A tourada existe. Lutamos contra ela mas continua a existir. E o touro que morre, morre por menos do que o desgraçado cão. O cão foi assassinado e não discuto isso. É um crime e revolta-me.

Por que é que nos choca que isso tenha sido praticado? Pelo abandono consciente de uma vida. Até que morre.

Quantos de nós não somos cúmplices "inconscientes" de vidas que morrem?


O último episódio do Sienfeld introduzia um conceito anedótico de "guilty bystander". Quase "a testemunha culpada".

E é o que somos todos.

Se um grupo de pessoas tivesse entrado na exposição poderia ter salvo o cão. Mas foram cobardes perante a autoridade. Perante a autoridade do guarda do museu (que às tantas tb queria salvar o cão), perante a autoridade do director do museu (que provavelmente tb queria salvar o cão), perante a autoridade da arte (que não existe, uma vez que é um conceito abstracto) e perante a autoridade do artista que não deseja a morte de cão nenhum, suponho eu.

Fomos todos nós que abandomámos o cão.
A artista limitou-se a prende-lo no canto do museu.



É dos melhores conceitos de arte que ouvi falar. E é cruel como nós somos egoístas e cobardes.

Pedro Pinto disse...

Só agora li a notícia do expresso.
"O cão agora está mais vivo que nunca". É discutível, mas está concerteza mais vivo que os touros.

a Natividad Canda, que desconheço, tb deve estar um bocadinho mais viva.

nós é que estamos um bocadinho mais mortos. principalmente enquanto continuarmos a lamentar o cão e não o glorificarmos.

Temos que transformar a morte do cão em glória quotidinana.
Para fazer sentido.

(eu gostava muito que nada disto tivesse acontecido. eu gostava muito que a não houvesse guerra no mundo. as miss universo sabem isto)

mas já que aconteceu, porra! da próxima vez que vires um cão preso seja onde for, faz o que puderes e o que não puderes para lhe dar condições para ele viver.

dar codições para viver é diferente de dar "liberdade". dar condições para viver é diferente de dar condições para "sobreviver".

dar condições para VIVER!